sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Dezembro Natal




E afinal chegou dezembro e com ele o último mês do Desafio Literário, começado lá em janeiro. Certamente foi uma experiência enriquecedora. Já havia lido vários posts de Desafios anteriores, e nunca pensava em participar, porque escrever os comentários me inibia. Este ano, entretanto, resolvi encarar. Já falei aqui que sou estressada com metas e prazos, então montei a estratégia de sempre ler antecipadamente os livros e deixar os comentários a postar no rascunho do Blog. Parece que funcionou. 

Bem, lá no comecinho postei uma espécie de agenda que não se cumpriu totalmente, houveram alguns desvios de percurso. 

Não liJulia & July; O tempo entre costuras; Sonho de uma noite de verão; O amor nos tempos do cólera; O falecido Mattia Pascal; O evangelho segundo Jesus Cristo; nem Mrs. Dalloway e nem A prima Bete (não sei porque, afinal eu adoro Balzac). Que ficaram como leituras pendentes, continuam na pilha.

Levei meses lendo Walden, até esqueci que estava entre as metas do Desafio. E foi uma das melhores leituras dos últimos tempos, acabei não postando nada sobre ele, talvez eu reveja isto.

O que não correspondeu: Quincas Borba (e olha que eu gosto muito de Machado); Um certo verão na Sicília (sofri para terminar); Cândido (eu esperava boas gargalhadas com ele, não ri quase nada, ficava com dó do coitado do Cândido); Dália Azul (achei fraquinho, fraquinho, mas me deixou curiosa com os outros volumes da série... vai entender!); Muito barulho por nada (inacreditável gostei mais do filme)

As agradáveis surpresas: Queijo (divertido e um bom tratado informal de como  não ser um microempresário; O gato malhado e a andorinha sinhá (um dos livros mais doces que já li);  Memorial de Aires (que me levava à contemplação a cada duas ou três páginas e me fez ler A indesejada aposentadoria, que se transformou em favorito.  Montello me surpreendeu com uma narrativa cálida e primorosa); Incertezas de outono (que me fez pensar em Mitford um dos meus favoritos quando a matéria é livro reconfortante); Norte & Sul (um livro surpreendente, não sei porque era tão pouco conhecido/lido). Todos aqui são recomendadíssimos.

Meus agradecimentos  a todos que direta ou indiretamente me ajudaram a chegar até aqui.

Encerro este desafio com a frase de Gary Chapman um dos autores de Incertezas de outono


 "Não há nada como uma boa história

E desejo a todos  um Feliz Natal !

Este blog continua aqui

Um gato na manjedoura - Michael Foreman


Livro: Um gato manjedoura
AutorMichael Foreman
Editora: Globo 
Páginas: 28


A dica deste livro veio através das  sempre muito boas sugestões da Claire. Ela me disse que o livro era muito doce e que provavelmente eu gostaria. Certíssima ela. Este não é apenas um livro muito doce, é também um livro divertido. E acabei a leitura com um riso nos lábios e nos olhos. E com a alma aquecida.  O começo da história com o gato no estábulo é muito engraçado e confesso que me senti um tanto sacrílega por estar rindo de uma história com um quê de sagrado, mas depois deixei a culpa de lado e embarquei na história e foi pura alegria e acalanto. 

"Não gosto muito de bodes. Eles estão sempre medindo forças entre si. É difícil pegar no sono com bodes por perto."

" Nem me fale de jumentos! Não tolero jumentos. Eles olham para você com aqueles olhos enormes, como se fossem amigos, e então se viram e lhe dão um coice."






Cartas do Papai Noel - Tolkien


Livro: Cartas do Papai Noel
Autor: J R R Tolkien
Editora: Martins Fontes
Páginas: 168


A dica deste livro veio direto das sugestões do próprio Desafio e este é o meu segundo Tolkien. O primeiro foi O Sr Bliss que li depois de ver a resenha do Guina (http://www.skoob.com.br/estante/livro/25117242) lá no Skoob.  
Mas, voltemos ao tema do mês: Natal. Comprei o livro lá no início do ano quando decidi participar do Desafio. Fiquei encantada com a edição primorosa da Martins. Um livro lindo bem cuidado e que nos acalenta e conforta. Em vários trechos me peguei com aquele sorriso bobo no rosto. E o livro que inicialmente pensei em ler em uma tarde foi lido aos pouquinhos para saborear melhor, lia uma a duas cartas e fechava o livro para me pegar com ar sonhador.  Fico imaginando o amor de um pai que por mais de duas décadas senta-se a escrever cartas para seus filhos como se fosse o próprio Papai Noel. Pena que hoje o nosso Natal não traga nada desta magia e que as crianças não possam crer em Papai Noel, em renas e ursos polares, enfim na magia do Natal.

O livro de Tolkien merece infinitas leituras e releituras, recomendadíssimo para leitores de todas as idades.

E talvez daqui a um ano eu o leia de novo para ter esta sensação doce e reconfortante que as Cartas do Papai Noel  trouxeram e poder pensar que este "É um Natal luminoso de novo" 


Ângela e o Menino Jesus - Frank McCourt


Livro: Ângela e o Menino Jesus
Autor Frank McCourt
Editora: Intrinseca  
Páginas: 36

Desde que li este livrinho que tento lembrar de onde veio a dica, até agora não consegui.   E como é Natal o livreiro deve ter achado que um só não bastaria e dias depois recebi um novo exemplar do mesmo livro. E eu logo pensei que na minha caduquice precoce provavelmente havia comprado o livro duas vezes. Mas, comprei o livro apenas uma vez, e o recebi duas vezes, e honesta que sou paguei duas vezes, lógico. E agora tenho (tinha?) aqui dois exemplares de Ângela e o Menino Jesus.

Mas, vamos ao livro: bem ,não dá pra fazer um tratado de um livro com trinta e seis páginas. O que posso dizer sobre? Que eu o li em 10 minutos? Sim, eu o li em 10 minutos. Que eu gostei, e deixou um que de acalanto na alma? Sim, eu gostei, e deixou um que deacalanto na alma. Mas, uma estorinha doce como esta sobre uma garotinha com dó do Menino Jesus que está só e com frio no presépio da Igreja e o leva para casa para aquecê-lo, tem tudo para ser uma história reconfortante, não é?  Muito bom!