sábado, 10 de agosto de 2013

Hamlet - Shakespeare




Título: Hamlet
Autor: William Shakespeare
Editora: L&PM 
Páginas: 198
Início: 29.01.2013 - Fim: 02.02.2013


Dando seguimento em mais um título para o Desafio Literário 2013 chego a Shakespeare, no livro escolhido para o mês de agosto, com o tema Vingança. Tá certo, ainda é janeiro, ou melhor é fevereiro e eu deveria estar lendo o livro para rir do mês da alegria e da folia, mas quem se importa? Além do que sou estressada, prazos e metas me tiram do eixo, convivo com isto todos os dias no trabalho, então vamos garantir logo este aqui.

Até agora os livros lidos ou são da pilha, ou são de biblioteca, não comprei nenhum para o Desafio... (será?) :-)

As resenhas que li falam das diversas óticas que o livro de Shakespeare pode ser analisado, como não é meu interesse analisar coisa alguma, mas sim ler e me divertir pelo caminho, e talvez aqui e ali fazer algumas reflexões. Coloco aqui alguns pensamentos aleatórios que o livro do bardo trazem-me à mente. Perdoem-me os ortodoxos que acham que toda leitura deve ter uma finalidade e ser analisada neste ou naquele contexto. O que me faz pensar em Saul Bellow em Tudo faz sentido um dos meus livros favoritos: Para a maior parte dos professores de inglês, um romance pode ser um objeto do mais elevado valor  cultural. Suas, ideias, sua estrutura simbólica, sua posição na história do romantismo, realismo ou modernismo, sua alta relevância requerem um estudo dedicado. Mas, o que eles querem é o momento vivo; querem homens e mulheres vivos e um mundo a seu redor. O ensino de literatura tem sido um desastre. (...) O romance acabou sendo substituído por aquilo que os 'instruídos' podem dizer sobre o romance. Alguns professores acham os discursos instruídos desses tipo muito muito mais interessantes do que os romances. [100]
Como Vingança não seria um assunto que escolheria para ler no momento, de cara pensei que não gostaria de nenhum livro com este tema, eis mais um motivo para adiantar a leitura. Mas, como Shakespeare sempre "me" é atraente, se é que posso usar esta palavra neste contexto, então melhor ir de Shakespeare e garantir a meta do mês. Os diálogos em Shakespeare são magistrais, e cada vez que leio um livro dele recordo-me de A comédia dos erros, em que nada nem ninguém é o que parece. Em Hamlet, este não é o tema principal, mas será que mais uma vez  as aparências enganam? Estou ainda na metade do livro e não dá pra falar muito, outras reflexões (pensamentos aleatórios?) vão surgir, certamente. 


Pensamentos aleatório 1:

Hoje é dois de fevereiro, dia de Iemanjá e eu devo ser muito esquisita mesmo, para não estar no Rio Vermelho, na festa da rainha das águas e sim sentada na cama escrevendo sobre Shakespeare. :p

Mais pensamentos aleatórios:

Vingança... o livro é cheio de sede de:
Hamlet quer vingar a morte do pai...
Laertes a morte de Polônio (pai deste), morto (acidentalmente?) por Hamlet...


Medo e culpa:
O rei:
Medo de ser descoberto, então melhor eliminar Hamlet?
Culpa por ter matado o irmão.

A rainha:

Medo de ser descoberta.
Culpa por ter casado com o irmão do marido morto pelo marido vivo..

Ato V, Cena I
Boas risadas aqui.



Grifos:





"Ajusta o gesto à palavra, a palavra ao gesto, com o cuidado de não perder a simplicidade natural.  [95]

"Ser ou não ser - eis a questão" [88]

"Há muitas coisas no céu e na terra, Horácio." [50]

"Pois todo homem, a todo momento, 
tem uma ocupação e uma vontade, seja esta ou aquela - 
E eu, por meu lado, meu pobre lado
Sabem o que?, eu vou rezar" [48] (muito bom!)

"E trata de guardar estes poucos preceitos: 
Não dá voz ao que pensares, nem transforma em ação um pensamento tolo.
Amistoso, sim, jamais vulgar.
Os amigos que tenhas, já postos à prova,
Prende-os na tua alma com grampos de aço; 
Mas, não caleja a mão festejando qualquer galinho implume
Mal saído do ovo. Procura não entrar em nenhuma briga;
Mas, entrando encurrala o medo no inimigo.
Presta ouvido a muitos, tua voz a poucos. 
Acolhe a opinião de todos - mas você decide. 
Usa roupas tão caras quanto tua bolsa permitir. 
Mas, nada de extravagâncias, ricas, mas não pomposas. 
O hábito revela o homem, 
E, na França, as pessoas de poder ou posição 
Se mostram distintas e generosas pelas roupas que vestem. 
Não empreste nem peça emprestado: 
Quem empresta perde o amigo e o dinheiro.
Quem pede emprestado já perdeu o controle de sua economia, 
E sobretudo, isto: sê fiel a ti mesmo. 
E tão certo quanto a noite segue o dia
Jamais serás falso para ninguém. [34]
"

"Hamlet para Bernardo: 
- Mas, vamos lá que faz longe de Wittenberg? 
Horácio
Minha inclinação à vadiagem, acho." [25]

"É melhor não pensar! Fragilidade, teu nome é mulher!" [24]

"- Quem está aí? Horácio? - Só um pedaço dele. O resto ainda dorme." [11]