terça-feira, 19 de novembro de 2013

À sombra do olmo - Anatole France

Livro: À sombra do olmo  
Autor:  Anatole France
Editora: Bestbolso
Páginas: 168

Comprei  À sombra do olmo em 2010 e o livro ficou entre os tantos empilhados na prateleira, até que por estes dias tentando dar uma nova disposição para os livros, retirei este da estante e li um pequeno trecho. E descubro que o Anatole France tem uma escrita afiada e mordaz,  de certo modo filosófica e repleta de análises (atuais?) sobre  política e religião. E chego a pensar: este cara deve ter dado um bocado de trabalho para o clero.
Comentando com a Fê  sobre as leituras em andamento, ela me deu uma boa notícia: o livro serviria para o Desafio de novembro: livros banidos.  Anatole France teve suas obras incluídas no “index” ´por questionar a igreja e a sociedade.   Muito bom saber disto! 
A leitura de À sombra do olmo não foi uma leitura difícil, mas também não foi uma leitura fluída, exigiu algumas interrupções em trechos que julguei cansativos, ainda assim concluo a leitura com uma série imensa de marcações e com o projeto de ler os outros três livros da série publicada pela Bestbolso. 

Grifos: 


“Por suas maneiras, ao mesmo tempo, obsequiosas e discretas, que deixavam tudo esperar sem nada temer.”
“Sem dúvida, existem bons sacerdotes, devotados e inteligentes. Quando o clero se restringe às suas atribuições”.
“A Bíblia estabeleceu a legitimidade da guerra, e o senhor sabe melhor que do que eu que Deus é chamado Sabaoth, ou seja, o Deus dos exércitos.”
“– Não é disso que se trata – disse o prefeito. – Ele está morto. Trata-se de substituí-lo.”
“O PREFEITO – Pois bem! Diga-lhe que é inadmissível que Santa Radegonda ressuscite com a finalidade de aborrecer os senadores, os deputados e o prefeito do departamento (...)”. [!]
“O pior defeito do regime atual é custar muito caro. Ele não cuida das aparências: não é faustoso. Não faz ostentação de mulheres ou cavalos. Mas, sob uma aparência de modéstia e um exterior singelo, ele é perdulário. Tem um excesso de parentes pobres. Amigos demais a prover. É esbanjador. O mais deplorável é que vive num país depauperado, cujas forças minguam e que não mais se enriquece.”

Um comentário:

  1. Marta, eu nem tinha visto que você postou 3 resenhas de novembro!! Uau!
    Esse livro é um que eu não fazia ideia do tema, embora ache esse título lindo. Já cliquei várias vezes nele em promoções, mas nunca comprei. Você acabou de me convencer a colocá-lo na lista de leituras futuras ;)
    bjo

    ResponderExcluir