segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Norte e Sul - Elizabeth Gaskell

Título: Norte & Sul  
Autora: Elizabeth Gaskell 
Editora: Landmark
Páginas: 544


A primeira vez que ouvi falar de Norte & Sul da Elizabeth Gaskell foi num vídeo da Claire no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=RqB-fhD_iss), lembro de ter ficado curiosa e perguntado a ela se o livro tratava de economia e ela disse que certo modo sim. Só por isto já me ganhou. Corri para procurar o livro que comprei tempos depois. Não o li de pronto, mas quando resolvi pegá-lo para ler me encantei com a história de  Margareth e Mr. Thornton, embora confesse que no comecinho estava torcendo por Henry Lennox.  

Comecei a leitura do livro lembrando-me nitidamente da Jane Austen, mas depois o livro sempre me remetia à Margareth Mitchell e o seu E o vento levou. Confesso que o panorama econômico prendeu muito mais atenção durante boa parte do livro, do que os dramas pessoais e afetivos dos personagens principais.  Tanto que não havia percebido que o livro era todo sobre superação (tema do Desafio), pois fiquei completamente envolvida com os problemas sobre linhas de produção, as lutas sindicais, os contratos comerciais... mas, não se engane se isto não lhe interessa você pode apenas ler uma boa história de amor bem aos modos de Orgulho e Preconceito. 

Onde vi superação neste livro? Na Margareth que perde o lar, depois a mãe, em seguida o pai. Em Mr Thorton que perde tudo que tem, inclusive o amor,  por mais de uma vez. Em Higgins que perde a filha e perde o emprego. Em Bouchet que perde o emprego e a dignidade. Cada um a seu modo tentando superar as agruras da vida. 

Mais um para a galeria dos favoritos... RECOMENDADÍSSIMO!

Alguns grifos: 


Mr Hale, então trouxe todo o seu rosário de reclamações para desfiar na frente de Mr Thornton, para que ele, com sua experiência como patrão,  pudesse organizá-las e explicar sua origem.  – o que ele de fato fez  á luz dos princípios econômicos. Explicou que, da maneira que  negócio  era conduzido, sempre haveria um aumento seguido de uma retração da prosperidade (...)  
Algum dia no futuro – em algum milênio –na Utopia, essa unidade pode ser colocada em prática.  
Porque ele tem o seu trabalho para vender e eu tenho o capital para comprar.  [a síntese do capital?]
Pois se um vizinho não ajuda o outro, não sei quem o fará. [bons tempos aqueles, não?]
Então eu peguei o livro e carreguei com ele. Mas, deus me abençoe, foi um tal de capital e trabalho, e trabalho e capital. 
Vou precisar de um bocado de inteligência,  para resolver  onde meu negócio termina  e onde começa o seu. 

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