segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O ano da leitura mágica - Nina Sankovitch

Título: O ano da leitura mágica 
Autor: Nina Sankovitch
Editora: LeYa Brasil
Ano: 2011
Páginas: 232

Quem apaixonado por livros não se sentirá instigado por  um livro com o título O ano da leitura mágica? Eu fui pega por ele.  Depois de ler a sinopse, abandonei a ideia, pense numa  história que não me convenceu, foi esta. Tempos depois vi  (ouvi? Vai saber!) o livro citado em algum lugar, e releio a sinopse. Busco resenhas... continua não me convencendo.  Mas, o título não me sai da cabeça, compro o bendito.  Deixo na prateleira.  E um dia uns vídeos no YouTube falando de livros sobre livros (Claire Scorzi e O batom de Clarice) me fez pensar que fazia um bom tempo que não lia algo do gênero. E eis que pego  o bendito pra ler...  as primeiras páginas a leitura foi bastante lenta,  mas depois foi ganhando ritmo, foi me encantando a forma como a escritora entremeia os fatos narrados com os livros lidos. E aí o livro me ganhou. Queres uma desculpa para gastar com livros? Leia este. Você terá pelo menos 366 desculpas para.

Mas, você deve estar se perguntando porque eu o coloquei no mês da Histórias de superação, não é mesmo?   Se você leu o livro já sabe porque, senão a sinopse vai te ajudar a entender:


Sinopse:

Um desafio: ler um livro por dia durante um ano. Você aceita? Essa foi a promessa que Nina Sankovitch fez a si mesma. Após perder a irmã mais velha para o câncer, e embora precisasse cuidar dos quatro filhos e lidar com os percalços que fazem parte do cotidiano de uma grande família, Nina cria uma jornada para si mesma: ler um livro por dia durante um ano inteiro. Nesse verdadeiro sonho literário, nossa heroína descobrirá que o ano de leitura mágica mudará tudo ao seu redor e que os livros são uma ótima terapia. O ano da leitura mágica também conta a história da família Sankovitch: o pai de Nina, que escapou da morte por um triz na Bielo-Rússia durante a Segunda Guerra Mundial; os quatro ruidosos filhos, que lhe recomendavam livros ao mesmo tempo que a ajudavam a cozinhar e a limpar a casa; e Anne-Marie, sua irmã mais velha e inspiração, com quem Nina compartilhou os prazeres da leitura, mesmo em seus últimos momentos de vida. (http://www.skoob.com.br/livro/189606)

Termino a leitura com uma série de grifos:
Mas e se eu não gostasse do livro? E se eu o odiasse? Nos últimos meses, houve um ou outro livro, por mim escolhido, que eu começara, mas cuja leitura interrompi porque havia ficado claro para mim que eu não gostara do livro e que ele não melhoraria se eu avançasse a leitura. Com livros dados por amigos, eu não tinha escapatória. O livro era um presente e os presentes devem ser lidos. É uma das regras da amizade. E todos os livros lidos tinham de ser resenhados: era uma regra do meu ano de leituras. Eis, portanto, meu dilema. Eu não podia julgar o livro presenteado com umas poucas palavras, “Interessante” ou “Adorei o cenário”. Eu tinha de escrever uma resenha completa e verdadeira. As pessoas compartilham os livros que amam. Elas querem espalhar para os amigos e familiares a sensação boa que sentiram ao ler o livro ou as ideias que encontraram nas páginas deles. Ao compartilhar um livro amado, um leitor está tentando compartilhar o mesmo entusiasmo, prazer, medo e ansiedade que experimentou ao ler.  Só percebi três anos mais tarde, lendo O vendedor de passados, de José Eduardo Agualusa, a importância de compartilhar as memórias. E o perigo de não compartilhá-las.
Você já ficou arrasado ao terminar um livro? Algum escritor já continuou sussurrando em seu ouvido muito depois de você ter virado a última página?
"Não há fragata como um livro,/ Para nos levar para longe", escreveu Emily Dickinson. Os livros eram a fragata para onde quer que eu quisesse ir. O homem mais velho grita: “Mas você não pode nem mesmo conversar sobre livros com ele!”. Ela responde com desdém: “Leio livros, mas não preciso conversar sobre eles”. Um livro não é apenas um amigo, ele faz amigos para você. Quando você possui um livro com toda a força da sua mente e espírito, você se aprimora. Mas quando você passa o livro adiante, se aprimora três vezes mais”. Eu faria amigos aceitando e dando livros e não os perderia. Se eu fosse incapaz de suportar a perda de um livro, principalmente um no qual eu escrevera anotações nas margens e nas últimas páginas, eu comprava outro exemplar e o emprestava.
O livro começa com a frase: “No dia seguinte, ninguém morreu”. E logo me vi num país onde ninguém morre. Parecia bom para mim. (sobre As intermitências da morte – Saramago – este tem na biblioteca graças a Deus )

Ufa!  Chega de grifos, não? Se você gostou certamente irá ler tudo isto no livro (rs). Um desafio: ler um livro por dia durante um ano. Você aceita? Você consegue?  Essa foi a promessa que Nina Sankovitch fez.


3 comentários:

  1. Oi Marta
    Tbe adorei este livro!
    Me peguei como ela, deixando algumas coisas de lado em casa para ler mais...rsrs
    Tbe acho que serve muito bem para o tema deste mês. Otima escolha!
    Bjks mil

    www.blogdaclauo.com

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    1. Claudia, se gostou deste, talvez goste de O clube do livro do fim da vida.
      Obrigada pelo comentário.

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    2. OI Marta, este é um dos meus desejados!
      Obrigada pela dica!
      te convido a participar da minha blogagem coletiva de livros:
      http://www.blogdaclauo.com/2013/10/o-que-voce-esta-lendo-de-bom-me-conta.html
      Vem brincar com a gente!
      Bjks mil

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