Autor: Nina Sankovitch
Editora: LeYa Brasil
Ano: 2011
Páginas: 232
Quem apaixonado por livros não se sentirá instigado por um livro com o título O ano da leitura mágica? Eu fui pega por ele. Depois de ler a sinopse, abandonei a ideia, pense numa história que não me convenceu, foi esta. Tempos depois vi (ouvi? Vai saber!) o livro citado em algum lugar, e releio a sinopse. Busco resenhas... continua não me convencendo. Mas, o título não me sai da cabeça, compro o bendito. Deixo na prateleira. E um dia uns vídeos no YouTube falando de livros sobre livros (Claire Scorzi e O batom de Clarice) me fez pensar que fazia um bom tempo que não lia algo do gênero. E eis que pego o bendito pra ler... as primeiras páginas a leitura foi bastante lenta, mas depois foi ganhando ritmo, foi me encantando a forma como a escritora entremeia os fatos narrados com os livros lidos. E aí o livro me ganhou. Queres uma desculpa para gastar com livros? Leia este. Você terá pelo menos 366 desculpas para.
Mas, você deve estar se perguntando porque eu o coloquei no mês da Histórias de superação, não é mesmo? Se você leu o livro já sabe porque, senão a sinopse vai te ajudar a entender:
Sinopse:
Um desafio: ler um livro por dia durante um ano. Você aceita? Essa foi a promessa que Nina Sankovitch fez a si mesma. Após perder a irmã mais velha para o câncer, e embora precisasse cuidar dos quatro filhos e lidar com os percalços que fazem parte do cotidiano de uma grande família, Nina cria uma jornada para si mesma: ler um livro por dia durante um ano inteiro. Nesse verdadeiro sonho literário, nossa heroína descobrirá que o ano de leitura mágica mudará tudo ao seu redor e que os livros são uma ótima terapia. O ano da leitura mágica também conta a história da família Sankovitch: o pai de Nina, que escapou da morte por um triz na Bielo-Rússia durante a Segunda Guerra Mundial; os quatro ruidosos filhos, que lhe recomendavam livros ao mesmo tempo que a ajudavam a cozinhar e a limpar a casa; e Anne-Marie, sua irmã mais velha e inspiração, com quem Nina compartilhou os prazeres da leitura, mesmo em seus últimos momentos de vida. (http://www.skoob.com.br/livro/189606)
Termino a leitura com uma série de grifos:
Mas e se eu não gostasse do livro? E se eu o odiasse? Nos últimos meses, houve um ou outro livro, por mim escolhido, que eu começara, mas cuja leitura interrompi porque havia ficado claro para mim que eu não gostara do livro e que ele não melhoraria se eu avançasse a leitura. Com livros dados por amigos, eu não tinha escapatória. O livro era um presente e os presentes devem ser lidos. É uma das regras da amizade. E todos os livros lidos tinham de ser resenhados: era uma regra do meu ano de leituras. Eis, portanto, meu dilema. Eu não podia julgar o livro presenteado com umas poucas palavras, “Interessante” ou “Adorei o cenário”. Eu tinha de escrever uma resenha completa e verdadeira. As pessoas compartilham os livros que amam. Elas querem espalhar para os amigos e familiares a sensação boa que sentiram ao ler o livro ou as ideias que encontraram nas páginas deles. Ao compartilhar um livro amado, um leitor está tentando compartilhar o mesmo entusiasmo, prazer, medo e ansiedade que experimentou ao ler. Só percebi três anos mais tarde, lendo O vendedor de passados, de José Eduardo Agualusa, a importância de compartilhar as memórias. E o perigo de não compartilhá-las.
Você já ficou arrasado ao terminar um livro? Algum escritor já continuou sussurrando em seu ouvido muito depois de você ter virado a última página?
"Não há fragata como um livro,/ Para nos levar para longe", escreveu Emily Dickinson. Os livros eram a fragata para onde quer que eu quisesse ir. O homem mais velho grita: “Mas você não pode nem mesmo conversar sobre livros com ele!”. Ela responde com desdém: “Leio livros, mas não preciso conversar sobre eles”. Um livro não é apenas um amigo, ele faz amigos para você. Quando você possui um livro com toda a força da sua mente e espírito, você se aprimora. Mas quando você passa o livro adiante, se aprimora três vezes mais”. Eu faria amigos aceitando e dando livros e não os perderia. Se eu fosse incapaz de suportar a perda de um livro, principalmente um no qual eu escrevera anotações nas margens e nas últimas páginas, eu comprava outro exemplar e o emprestava.
O livro começa com a frase: “No dia seguinte, ninguém morreu”. E logo me vi num país onde ninguém morre. Parecia bom para mim. (sobre As intermitências da morte – Saramago – este tem na biblioteca graças a Deus )
Ufa! Chega de grifos, não? Se você gostou certamente irá ler tudo isto no livro (rs). Um desafio: ler um livro por dia durante um ano. Você aceita? Você consegue? Essa foi a promessa que Nina Sankovitch fez.
Oi Marta
ResponderExcluirTbe adorei este livro!
Me peguei como ela, deixando algumas coisas de lado em casa para ler mais...rsrs
Tbe acho que serve muito bem para o tema deste mês. Otima escolha!
Bjks mil
www.blogdaclauo.com
Claudia, se gostou deste, talvez goste de O clube do livro do fim da vida.
ExcluirObrigada pelo comentário.
OI Marta, este é um dos meus desejados!
ExcluirObrigada pela dica!
te convido a participar da minha blogagem coletiva de livros:
http://www.blogdaclauo.com/2013/10/o-que-voce-esta-lendo-de-bom-me-conta.html
Vem brincar com a gente!
Bjks mil