E afinal chegou dezembro e com ele o último mês do Desafio Literário, começado lá em janeiro. Certamente foi uma experiência enriquecedora. Já havia lido vários posts de Desafios anteriores, e nunca pensava em participar, porque escrever os comentários me inibia. Este ano, entretanto, resolvi encarar. Já falei aqui que sou estressada com metas e prazos, então montei a estratégia de sempre ler antecipadamente os livros e deixar os comentários a postar no rascunho do Blog. Parece que funcionou.
Bem, lá no comecinho postei uma espécie de agenda que não se cumpriu totalmente, houveram alguns desvios de percurso.
Não li: Julia & July; O tempo entre costuras; Sonho de uma noite de verão; O amor nos tempos do cólera; O falecido Mattia Pascal; O evangelho segundo Jesus Cristo; nem Mrs. Dalloway e nem A prima Bete (não sei porque, afinal eu adoro Balzac). Que ficaram como leituras pendentes, continuam na pilha.
Levei meses lendo Walden, até esqueci que estava entre as metas do Desafio. E foi uma das melhores leituras dos últimos tempos, acabei não postando nada sobre ele, talvez eu reveja isto.
O que não correspondeu: Quincas Borba (e olha que eu gosto muito de Machado); Um certo verão na Sicília (sofri para terminar); Cândido (eu esperava boas gargalhadas com ele, não ri quase nada, ficava com dó do coitado do Cândido); Dália Azul (achei fraquinho, fraquinho, mas me deixou curiosa com os outros volumes da série... vai entender!); Muito barulho por nada (inacreditável gostei mais do filme)
As agradáveis surpresas: Queijo (divertido e um bom tratado informal de como não ser um microempresário; O gato malhado e a andorinha sinhá (um dos livros mais doces que já li); Memorial de Aires (que me levava à contemplação a cada duas ou três páginas e me fez ler A indesejada aposentadoria, que se transformou em favorito. Montello me surpreendeu com uma narrativa cálida e primorosa); Incertezas de outono (que me fez pensar em Mitford um dos meus favoritos quando a matéria é livro reconfortante); Norte & Sul (um livro surpreendente, não sei porque era tão pouco conhecido/lido). Todos aqui são recomendadíssimos.
Meus agradecimentos a todos que direta ou indiretamente me ajudaram a chegar até aqui.
Encerro este desafio com a frase de Gary Chapman um dos autores de Incertezas de outono
"Não há nada como uma boa história"
E desejo a todos um Feliz Natal !
Este blog continua aqui.