Quando meses atrás a Cultura fez um dia de Cosac Naify, olhei todas as páginas da promoção e
descobri este Kachtanka. Que
entrou imediatamente para a minha lista de objetos de desejo, afinal um Cosac é
e sempre será um Cosac. A sinopse dizia:
Este conto de Anton Tchekhov (1866-1904), agora traduzido diretamente do russo por Rubens Figueiredo, conta a história da cadelinha Kachtanka, cujo nome significa castanho, em russo. Em uma noite de muito frio, Kachtanka se viu perdida no meio da cidade, distante de casa e longe de seu dono. Mas sua graciosidade logo conquistou a simpatia de um palhaço de circo e ela ganhou uma nova casa e novos amigos - um gato mal-humorado e um ganso sossegado. Mesmo assim, sem saber a razão, viu a saudade crescer lentamente e ocupar espaços desconhecidos.
O também russo Guenádi Spirin criou ilustrações clássicas que recuperam características tradicionais do Renascimento italiano, que fazem o leitor acompanhar, através dos olhos da cadelinha, o desenrolar de sua história, seus pensamentos, alegrias, aflições e a visão de mundo de Kachtanka.
Infelizmente nunca há dinheiro para
tudo e acabei comprando outro. Mas, como desejo não realizado dificilmente é
esquecido, de tempos em tempos eu ia lá e olhava o preço, mas adiava a compra
em função de outras prioridades. Mas, eis que encontro Kachtanka em uma coletânea de contos do Tchekhov, consultei a moderação do Desafio e eles disseram que tava
valendo, ler em outra edição. E neste domingo sentei para ler a história de Kachtanka. Não tenho e por enquanto não
pretendo ter animais de estimação, mas o cãozinho criado por Tchekhov é um
doce, sensível, leal, às vezes me lembrava uma criança, com medos, sonhos,
pesadelos, que não consegue se expressar direito e não entende o que os adultos
estão a dizer, mas sabe o que se espera dela. Aliás, não é um cãozinho é uma
cadelinha. Adorei!